O Natal de 2018 já apresentou um dos melhores resultados nos últimos anos, mesmo após um período marcado por inconstâncias decorrentes da greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo e Eleições. Com o cenário mais otimista vivido pelo varejo nos últimos meses, a expectativa é de que o próximo Natal seja ainda melhor.

Fatores como queda dos juros, inflação baixa, recuperação do emprego e a liberação de recursos do FGTS sustentam o aumento na fabricação e na venda de produtos no último trimestre. Diante desse cenário, o comércio e a indústria de bens de consumo estão investindo em estoques mais enxutos nas lojas e numa velocidade de produção maior nas fábricas.

Com toda essa movimentação, a previsão da Confederação Nacional do Comércio (CNC) indica que o faturamento do varejo neste Natal alcance R$34,7 bilhões, representando um aumento de 4,8% em comparação ao anterior, reforçando as expectativas de que 2020 comece em um ritmo mais acelerado. 

Se essa previsão se confirmar, a data festiva terá seu melhor desempenho nos últimos seis anos. A taxa de crescimento alcançada em 2013 foi de 5%.

Os brasileiros vão às compras

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apresentou números bastante positivos para a data que é considerada a mais importante do varejo.

77% dos consumidores planejam presentear alguém no Natal neste ano.

Em 2018, 79% compraram presentes.

Estima-se que 119,8 milhões de brasileiros comprarão presentes natalinos.

17% ainda estão em dúvida sobre se vão comprar.

Somente 7% afirmaram que não têm intenção de comprar presentes.

37% dos consumidores acreditam que gastarão mais. A média é de que cada um compre 4 presentes.

O ticket médio é de R$ 125.

A previsão é de que sejam injetados R$ 60 bilhões no comércio e no setor de serviços, número equivalente à somatória do que foi movimentado em outras datas comemorativas deste ano: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Dia das Crianças.

Esse número pode subir, pois 23% dos consumidores ainda não se decidiu sobre o valor que gastará na data, o triplo do registrado em 2018.

A quantidade de pessoas que não pretendem fazer compras representa menos da metade do registrado nos anos anteriores.

Fonte: site.cndl.org.br.

Os lojistas já sentem a melhora na economia

Quem trabalha no varejo já percebe melhoras após identificar a movimentação de seus estoques. Em outubro, 22,5% dos comerciantes alegaram estar com produtos parados, número mais baixo registrado nos meses de outubro desde 2013.

As vendas no setor neste ano, considerando até agosto, tiveram uma alta de 1,2%. Porém foi a partir de setembro, com a liberação dos recursos do FGTS, que o mercado retomou sua aceleração.

Com tantas estimativas e resultados positivos, o varejo já está se preparando para alcançar um dos melhores períodos, abrindo novas vagas de emprego para atender os compradores de acordo com essas perspectivas.